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  • Foto do escritorTudo Sobre Pós-graduação

A ciência brasileira e o gato de Schrödinger

Antes de entrar no tema propriamente dito, é preciso contextualizar quem são Schrödinger e seu famoso gato. Schrödinger foi um físico austríaco, premiado com o Prêmio Nobel de Física em 1933 por sua equação de onda, chamada de equação de Schrödinger, uma das mais importantes e utilizadas pela mecânica quântica.


A mecânica quântica surgiu a partir do desenvolvimento da física clássica, que já não conseguia explicar certos comportamentos da matéria, como por exemplo a “quantização da energia”.


Vários são os cientistas que contribuíram para este ramo da ciência, dentre eles: Einstein, Heisenberg, Planck, de Broglie, Bohr e Schrödinger.


Além de sua equação, Schrödinger também é constantemente lembrado por ter proposto um experimento mental denominado “GATO DE SCHRÖDINGER”.


Nesta experiência, há um gato encerrado dentro de uma caixa junto com material tóxico, que pode ser liberado ou não, desta forma, o gato pode não estar apenas vivo ou apenas morto, mas sim “vivo-morto”.


O senso comum nos diria que o gato está vivo ou está morto, mas a teoria quântica diz outra coisa. Como a condição do gato não é observável, criou-se uma situação de ambiguidade e o gato está em uma superposição de dois estados, onde só existem as probabilidades dele estar vivo ou morto.


Quando abrirmos a tampa da caixa e pudermos ver o gato novamente, ele será “empurrado” para um dos dois estados possíveis, e aparecerá vivo ou morto.


Este é o ponto no qual eu queria chegar, nessa dualidade “vivo-morto”, nas incertezas pelas quais passa a ciência no Brasil.


Se por um lado estamos formando cada vez mais doutores, o que significa mão de obra mais qualificada, por outro, setor público e privado não estão absorvendo todas estas pessoas, o que é preocupante, estamos formando um exército de doutores para ficarem desempregados!


Recentemente, em 2016,  tivemos o caso da super competente e qualificada neurocientista Suzana Herculano, que por conta de todo “engessamento” pelo qual passa a ciência brasileira, deixou a UFRJ no Rio de Janeiro, para trabalhar na Universidade Vanderbilt em Nashville, nos Estados Unidos. São anos de investimentos que não trarão mais nenhum retorno ao país.


Outro exemplo destas ambiguidades: descobri recentemente a existência do “Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia Farmacêutica”, um nome bonito, pomposo, agregando várias universidades e pesquisadores de forma multidisciplinar, um sonho eu diria, mas, ao mesmo tempo, observo amigos/colegas, reclamando e sendo prejudicados, com a falta de bolsas, atrasos nos pagamentos e defasagens no valor!


São inúmeras as contradições, o Brasil precisa, urgentemente, tratar educação, ciência e tecnologia com  seriedade, pois estes são pilares fundamentais para o nosso  desenvolvimento como nação, caso contrário, continuaremos a mercê de tecnologias externas, enquanto  a ciência permanecerá nessa dualidade “viva-morta”.


Para saber um pouco mais sobre:

Mecânica Quântica:                          http://www.conhecimentohoje.com.br/Mecanica_quantica.htm

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia Farmacêutica: http://inct.cnpq.br/web/inct-nanobiofar/home/


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